Descrição
Homem Mais
O monstro marciano feito pelo homem…
O ecrã mostrava um homem. Não se parecia com um homem. Era um astronauta, um democrata, um metodista, um marido, um pai, um bailarino maravilhosamente leve; mas para a vista não era nada disto. Para a vista era um monstro. Não tinha aspecto de humanos. Os seus olhos eram brilhantes globos facetados de vermelhos. As narinas dilatavam-se com pregas de carne. A pele era artificial; a cor era muito bronzeada, mas a textura era a da pele de um rinoceronte. Nada daquilo que se podia ver nele tinha a ver com o aspecto com que nascera. Olhos, orelhas, pulmões, nariz, boca, sistema circulatório, centros de percepção, coração, pele – tudo tinha sido mudado ou aumentado. As únicas alterações que eram visíveis eram a ponta do iceberg. O que tinha sido feito dentro dele era muito mais complexo e muito mais importante. Fora reconstruído com o único objectivo de o preparar para sobreviver, sem apoios artificiais externos, na superfície do planeta Marte. Ele era um ciborgue – um organismo cibernético. Era metade homem e metade máquina…
Localizada no futuro terrivelmente próximo, Homem Mais, descreve um mundo onde as tensões internacionais atingirão tais proporções que a única esperança de sobrevivência da espécie humana talvez seja colonizar outro planeta. O programa Homem Mais destina-se a estabelecer uma colónia humana em Marte, e, uma vez que o homem não pode lá sobreviver desprotegido, tem de ser adaptado.