Descrição
Cancioneiro Alegre de Poetas Portugueses e Brasileiros 1
«O Poeta, em Portugal principalmente, por via de regra, desabrocha os seus botões de flor às lágrimas da aurora – nasce a chorar; e, se chega a adulto e secou os prantos é porque foi despachado – arranjou-se; e, enquanto o não arranjam melhor, chora em prosa no seio do deputado amigo, em memoriais plangentes, que entram como sudários na pasta do ministro.
Entrei a inventariar na minha estante de poetas, que tinham perecido de amores fulminantes e outros de anemia, antes de chegarem ao capitólio de verificadores de alfândega, de escriturários da fazenda e ministros da coroa.
Esses pouco me deram. Pertenciam à quadra ominosa do sentimentalismo. Estavam mortos para todos os efeitos.»