Descrição
As Quimeras Negras
Em ‘AS QUIMERAS NEGRAS’ mergulhamos no Catanga, logo após a morte de Lumumba: caos, intrigas, rivalidades sangrentas entre tribos, é bem o quadro a que nos têm acostumado as crónicas internacionais. O que não nos têm dito, porém, é como e por quem são manejamos os cordéis: como e por quem é orientada a política dos países de África e são desencadeados os motins, as manifestações, as represálias. Vemos aqui em gestação as ordens capitais que, dimanaras em segredo dum alto comando ou dum determinado partido, mudarão amanhã o destino dum país.
Aqui é a sorte do Catanga que está em jogo e, em consequência, do Congo ex-Belga e de uma parte da África Negra. Todos o sentem, desde os oficiais franceses para aí mandados de modo mais ou menos clandestino, até às altas personalidades da ONU, que, por sua vez, entretecem os fios de uma política subtil e de interesses subjacentes.
Nesta obra tensa e febril evoluem figuras desenhadas com extraordinário relevo e segurança: brancos de todas as nacionalidades e negros pitorescos, uns e outros igualmente sequiosos de poder, dinheiro e prestígio. Entre eles sobressaem, no entanto, o dogmático e perigoso coronel La Roncière, cujo orgulho inflexível, fria perspicácia e louca temeridade o assemelham a uma espada nua: o ‘pequeno catalão’ Fonts, aristocrático e cínico, mas que um secreto desespero parece lançar para a embriaguez do perigo: e o monolítico Kreis, alemão e ex-legionário, colosso incapaz de se vergar.
Os três desempenharão papel importante, muitas vezes heróico, que não poderá impedir, porém, acontecimentos de graves repercussões, por exemplo a morte (acidental?, criminosa?) do secretário-geral da ÔNUS, e a que temos o privilégio de assistir ‘dos bastidores’ neste livro poderoso e sóbrio, baseado, em grande parte, em sucessos verídicos e capitais da actualidade.
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