Descrição
A Agenda de Cavaco Silva
A Agenda de Cavaco Silva desvenda o pensamento do professor sobre o actual equilíbrio, ou desequilíbrio, dos poderes em Portugal. As polémicas nos media e as revelações do professor.
Cavaco Silva afastou-se da vida política activa mas não deixou de intervir. Com artigos na imprensa, conferências em universidades e entrevistas nos media, foi sempre escutado e as suas opiniões continuaram a marcar a agenda política.
A Agenda de Cavaco Silva reconstitui os últimos cinco anos do percurso do antigo primeiro-ministro, através do que foi publicado nos meios de comunicação social. Os apoios e as críticas que suscitou, as controvérsias em que esteve envolvido e as interpretações sobre os seus silêncios.
Cavaco Silva responde a todas as dúvidas que ficaram em aberto e lança um olhar sobre o passado e o futuro do país:
– Os governos de Guterres, Durão Barroso e Santana Lopes;
– A maioria absoluta de José Sócrates;
– Os poderes do Presidente da República;
– A crise que Portugal atravessa;
– Os livros, as memórias e os projectos.
Antigo líder do Partido Social Democrata (PPD/PSD), foi o 19.º Presidente da República Portuguesa; precedido por Jorge Sampaio e sucedido por Marcelo Rebelo de Sousa em 9 de março de 2016,1 no seguimento dos resultados das eleições Presidenciais de 2016.23
Originário do Algarve, mudou-se para Lisboa aos 17 anos de idade, para frequentar o Instituto Comercial de Lisboa, onde se diplomou em Contabilidade, em 1959. Em 1963 casou-se com Maria Alves da Silva, e, nesse mesmo ano, foi convocado para o serviço militar, sendo destacado em comissão de serviço para Moçambique. Em 1964 licenciou-se em Economia e Finanças, pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, onde seria contratado como assistente em 1966. Ao mesmo tempo foi investigador na Fundação Calouste Gulbenkian. Entre 1971 e 1974 viveu no Reino Unido, onde se doutorou em economia pública, pela Universidade de Iorque. No âmbito da sua carreira académica chegaria a professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa.
Cavaco Silva regressou a Portugal pouco antes do golpe de 25 de abril de 1974. Nesse mesmo ano aderiu ao Partido Popular Democrático, designação à época do Partido Social Democrata. Voltou à Fundação Gulbenkian, integrando o respectivo Centro de Economia Agrária. Em 1977 saiu desta instituição para assumir o cargo de diretor do Departamento de Estatística e Estudos Económicos do Banco de Portugal.
Após a vitória da Aliança Democrática, nas eleições legislativas de 1980, foi nomeado Ministro das Finanças e do Plano do VI Governo Constitucional, chefiado por Francisco Sá Carneiro. Cavaco Silva permaneceu neste cargo até janeiro de 1981, quando Francisco Pinto Balsemão foi indigitado como Primeiro-Ministro. Em fevereiro do mesmo ano assumiu o mandato de deputado à Assembleia da República e foi indicado como presidente do Conselho Nacional do Plano. Em meados de 1985 foi eleito presidente do PSD e, nessa qualidade, tornou-se o líder da oposição ao então Primeiro-Ministro Mário Soares.
Foi Primeiro-Ministro de Portugal, de 6 de Novembro de 1985 a 28 de Outubro de 1995, tendo sido a pessoa que mais tempo esteve na liderança do governo do país desde o 25 de Abril.
Depois de ter sido derrotado por Jorge Sampaio nas eleições presidenciais de 1996, conseguiu a eleição como Presidente da República, à primeira volta, nas eleições de 22 de janeiro de 2006, tendo tomado posse em 9 de Março do mesmo ano. Foi reeleito nas eleições presidenciais de 23 de Janeiro de 2011, terminando em 2016 o seu mandato.