Descrição
2455 Cela da Morte
Em junho de 1948, o pequeno criminoso de 27 anos, Caryl Chessman, foi condenado na Califórnia por duas acusações de agressão sexual, recebendo duas sentenças de morte como punição num caso que continua sendo como um dos episódios mais desconcertantes da história legal americana. Mantendo a sua inocência desses crimes, Chessman viveu na cela 2455, um espaço de quatro por três metros no corredor da morte em San Quentin durante os doze anos entre a sua sentença e eventual execução. Passou esse tempo, pontuado por oito adiamentos separados de execução, escrevendo este livro de memórias um relato comovente e impiedoso da sua vida no crime e do início da vida que o produziu. A clareza de espírito de Chessman e a capacidade de trazer seus pensamentos diretamente para a página, mesmo dentro das paredes sufocantes de San Quentin, ajudam a tornar este trabalho a exposição mais alfabetizada e autêntica já escrita por um criminoso sobre os seus crimes.
Caryl Chessman, como é conhecido, nasceu em Saint Joseph (Michigan) em 27 de maio de 1921, e foi executado numa câmara de gás em 2 de maio de 1960, na Califórnia. Foi associado à acusação de ser o The Red Light Bandit (‘O bandido da luz vermelha) – apenas com provas circunstanciais, mas nunca comprovado. Ficou muito famoso na década de 1950, principalmente depois de ser preso, pois neste período dispensou advogado, e estudando direito fez a sua própria defesa. Escreveu, de dentro da cadeia, as obras autobiográficas 2455-Cela da Morte, A Lei Quer Que Eu Morra e A Face da Justiça e um romance: O Garoto era Um Assassino. Os seus livros correram o mundo, deixando as pessoas do mundo inteiro, atónitas, provocando diversos sentimentos, desde pena até raiva extrema.